Você é médico e sente que paga muitos impostos? Está considerando abrir um CNPJ, mas não sabe se vale a pena? Então este conteúdo foi feito para você.
Escolher o regime tributário correto é essencial para qualquer profissional da medicina que deseja economizar de forma legal e segura.
Com uma estrutura bem definida e o apoio de uma contabilidade especializada, é possível reduzir drasticamente a carga tributária, sem abrir mão da conformidade com o fisco.
Neste artigo completo, a Gescontil Contabilidade vai mostrar quais são os regimes disponíveis, como funcionam os impostos para médicos autônomos e pessoa jurídica, e qual o caminho mais vantajoso para pagar menos e lucrar mais com a sua profissão.
Médico autônomo ou PJ: o que muda nos impostos?
A primeira escolha que o médico precisa fazer é atuar como pessoa física (autônomo) ou como pessoa jurídica (abrindo um CNPJ).
Na pessoa física, o médico presta serviços diretamente, emite recibos e é tributado pelo Carnê-Leão, apurando o imposto mensalmente com base na tabela progressiva do IRPF. Isso pode gerar uma alíquota de até 27,5% sobre o rendimento bruto.
Base de cálculo | Alíquota | Parcela a deduzir |
Até 2.259.20 | Isento | Isento |
De 2.259,21 até 2.826,65 | 7,50% | R$ 169,44 |
De 2.826,66 até 3.751,05 | 15% | R$ 381,44 |
De 3.751,06 até 4.664,68 | 22,50% | R$ 662,66 |
Acima de 4.664,68 | 27,50% | R$ 896,00 |
Já como pessoa jurídica, o médico pode abrir uma empresa (por exemplo, uma Sociedade Unipessoal Limitada – SLU) e optar por um regime tributário específico, como o Simples Nacional ou o Lucro Presumido, reduzindo a alíquota efetiva para entre 6% e 16,33%.
A economia tributária pode ultrapassar 40% em relação a tributação como pessoa física, e além disso, é preciso considerar os benefícios adicionais da pessoa jurídica, como emissão de nota fiscal, acesso a linhas de crédito empresariais e contratos com hospitais.
Quais são os regimes tributários disponíveis para médicos?
O médico que decide atuar como pessoa jurídica pode escolher entre os três regimes tributários existentes no Brasil. Entenda como cada um funciona e para quem é indicado.
1. Simples Nacional
O Simples Nacional é um regime unificado de arrecadação criado para facilitar a vida das micro e pequenas empresas. Ele permite o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia (DAS), com alíquotas que partem de 6%.
Para médicos, a tributação ocorre geralmente pelo Anexo III ou Anexo V, a depender do Fator R (relação entre a folha de pagamento e o faturamento).
- Se a folha de salários for igual ou superior a 28% do faturamento, a empresa pode se enquadrar no Anexo III, com alíquotas a partir de 6%.
- Se a folha for inferior a 28%, aplica-se o Anexo V, com alíquotas a partir de 15,5%.
👉 Dica prática: Contratar ao menos um funcionário com salário compatível pode ajudar o médico a se manter no Anexo III e pagar menos tributos.
2. Lucro Presumido
No regime do Lucro Presumido, o imposto é calculado com base em uma margem de lucro pré-definida pela legislação.
A alíquota efetiva de impostos gira em torno de 13,33% a 16,33%, já considerando:
- IRPJ (4,8%)
- CSLL (2,88%)
- PIS (0,65%)
- COFINS (3%)
- ISS (2% a 5%, a depender do município)
3. Lucro Real
O Lucro Real é o regime mais complexo, no qual os impostos são calculados com base no lucro efetivamente apurado pela empresa, após apuração contábil completa.
Apesar de permitir ampla dedução de despesas, esse modelo envolve um custo de compliance elevado e raramente é vantajoso para médicos autônomos ou pequenas clínicas. Pode ser interessante para grandes centros médicos ou sociedades com alto volume de custos operacionais.
Como escolher o regime certo para pagar menos impostos?
A escolha do regime ideal depende de uma análise detalhada do perfil da atividade, incluindo:
- Volume mensal de faturamento;
- Quantidade de funcionários;
- Tipo de serviços prestados;
- Localização da clínica ou atuação;
- Custo com insumos, aluguel e estrutura.
👉 O Simples Nacional costuma ser ideal para médicos que atendem planos de saúde ou clínicas como plantonistas e têm ao menos um colaborador.
👉 O Lucro Presumido pode ser mais vantajoso para médicos que atendem de forma independente, em consultórios próprios, com menor estrutura de pessoal.
A Gescontil Contabilidade realiza simulações personalizadas para cada cliente, avaliando qual regime proporciona a menor carga tributária legal possível, sem abrir mão da regularidade fiscal.
Outros fatores que ajudam a reduzir a carga tributária
Além da escolha do regime, existem outros pontos importantes para o médico que deseja economizar com impostos:
1.Distribuição de lucros isentos: Médicos com CNPJ podem distribuir lucros livres de IRPF, desde que estejam com contabilidade regular. Essa é uma das formas mais eficazes de aumentar o rendimento líquido legalmente.
2.Emissão correta de notas fiscais: Emitir notas fiscais por meio da empresa e manter todos os registros organizados é essencial para garantir a apuração correta dos tributos e evitar problemas com o fisco.
3.Organização financeira e contábil: A ausência de planejamento ou uma contabilidade mal feita pode gerar pagamento indevido de tributos, multas e autuações. Por isso, contar com um contador especializado em saúde faz toda a diferença.
Conclusão: economia legal e segurança com o regime certo
Médicos que atuam como pessoa física pagam, em média, 27,5% de imposto sobre seus rendimentos. Já quem atua como PJ com o regime certo de tributação pode pagar de 6% a 16,33%.
Essa diferença representa milhares de reais por ano, que podem ser reinvestidos em estrutura, equipe, qualidade de vida ou novos projetos.
A escolha entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real deve ser feita com apoio contábil e após análise cuidadosa do perfil profissional. Mais do que uma obrigação fiscal, essa é uma decisão estratégica para sua carreira e seu bolso.
Quer descobrir qual o melhor regime tributário para você pagar menos impostos de forma segura?